Candura

 

Candura

De olhos vivos

Observando o tempo,

Inocente ao mundo,

Sem saber quais são

Os certos ou os errados.

Pequenina e indefesa,

Boceja sem ter sono

E não poderá dormir.

Distinguirá o certo do errado,

Não poderá fazer nada.

Hoje há um sorriso ingênuo,

Amanhã será que esse sorriso existirá?

És criança com babás malucas

Que influenciam a ti loucuras futuras.

“terra de ninguém”

 

 

Com carvão, foi escrita em letras garrafais, no papiro pálido a palavra paz.

 

Com carvão, foi riscado um “X” tão grande, no muro imundo, sobre a palavra paz.

 

Com o carvão, aqueceram impetuosamente uma palavra triste, perturbadora, agora quente.

 

Com carvão não conseguiram rasurar nessa terra essa palavra insistente, essa ação imbecil – guerra.

 

                                                                                                                                                                (Majal-San // 26.02.2019)

Invasora III

 

Por que surgiste tão subitamente?

Por que permaneces em minha mente?

Não consigo me libertar.

 

Para que invadiste esse órgão frágil?

Para que fingir que minha poesia é ágil?

Não consigo me expressar.

 

Por que não partiste por definitivo?

Por que ainda alucinas esse ser vivo?

Não consigo me alforriar.

 

Para que aprisionaste essa inspiração?

Para que limitaste a minha ação?

Não consigo me expressar!

                                      (Majal-San  // 19  09  2018)

   Invasora

      Invasora

 

Tão recentemente minha mente a Poesia invadiu,

Ínfima Poesia, vadia inquilina – entorpecente.

Afável, Ela deita comigo, e assim me extasia,

Súbita, repentina, Ela permanece quente…

Haverá sempre um leito em meu peito – sua estadia.

                                                                         (Majal-San // 16  08  2018)